Justiça?

Published on 2 January 2025 at 05:25

O que seria mais correto, os homens julgarem e exercerem a justiça entre si ou as máquinas? Foram feitos estudos sobre o estado emocional dos juízes. Concluiu-se com tais estudos coisas como o fato de que juízes que julgavam casos de pedofilia e tinham filhos eram mais rigorosos ao definir a pena do que aqueles que não têm filhos. Que os juízes tendem a estar mais propensos a condenar quanto mais perto estivesse da hora do almoço. Em comparação, os julgamentos eram mais leves da parte do juiz nos julgamentos logo após o almoço. Sem esquecermos que, como qualquer outro ser humano, eles têm estresse em suas vidas privadas, o que pode perturbar o seu discernimento. Sem falar em traumas de infância e tantas outras coisas. E não posso ignorar o fato de serem seres humanos corruptíveis. Cargos de poder, sendo o de juiz um cargo de grande poder, são normalmente atraentes aos psicopatas presentes, que podem sempre tentar ascender a tais cargos.

 

Por sua vez, as máquinas seguem as leis à risca. Elas não falham, não se emocionam como os humanos. Mas a lei, por sua vez, sempre tem espaço para interpretação. Por mais que se tente explicá-la muito bem, a lei sempre tem áreas cinzentas, e uma sensibilidade humana é necessária. Assim também são as máquinas. Quando recebem um comando não muito específico, como o de "julgar este caso", podem surgir muitas pontas subjetivas. E claro, só podem se basear nas provas apresentadas, mas muito se perde pela falta de um olhar humano empático.

Além disso, o que é proibido, ilegal e dito imoral hoje pode ser natural e aceito amanhã. Temos a lei seca nos Estados Unidos como exemplo.

Concluo, pois, que tanto um quanto o outro nunca serão 100% justos. A justiça nunca é cega e firme. Embora um mundo sem ela seja bem caótico, acredito que seja importante entender e reconhecer a hipocrisia que há na moral, na ética e na execução dos julgamentos.

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Comments

Tatianna
20 days ago

Perdeu o coração, a paixão com que escrevia seus textos antes, nunca perca isso. Não se esqueça nunca da emoção com que vc escreve. Textos não são simples relatos, tem que ter a emoção do autor para serem interessantes.