Hedonismo. Normalmente associado a ideia do prazer. Noto que infelizmente esta ideia tem sido cada vez mais distorcida. Atualmente quando se pensa em hedonismo, associamos a gula, festas regadas a coisas maliciosas e concupiscentes. Mas essas ideias não podem estar mais longe da verdade. Hedonismo numa ideia principal seria ter o prazer com o mínimo.
Ser feliz em qualquer circunstância, em qualquer momento com qualquer coisa que esteja à mão. Havia um senhor riquíssimo que só poderia dormir bem se todas as noites antes de dormir tomasse o seu whisky de centenas de euros. Tinha de ser aquele whisky específico. Então aquele que se alegra em beber um sumo e fica bem com isso tem mais facilidade de se sentir feliz porque um sumo está mais barato, por isso se alegra mais facilmente. Aquele que se anima com um gole de água, esse sim está à frente dos outros dois. E não é sobre o valor monetário das coisas, mas sim a capacidade de se alegrar com o que há de abundante à nossa volta. Uma vida minimalista é a mais fácil de se ser feliz. A compreensão de que nós sabemos ser felizes com o essencial. E o que é que é mais essencial do que as conexões com outros humanos?
Tudo é ilusão, bens materiais por mais confortáveis que sejam nos trazem prazer ilusório, títulos são só palavras que usamos para distinguir as pessoas pela ilusão de que essas contêm um conhecimento destacável em alguma área. Mas isso também é ilusão pois o conhecimento hoje em dia está ao alcance da maioria. Agora interação entre humanos é alimento para a alma. Nós precisamos de interagir com outras pessoas. Conversas, rir, partilhar sentimentos e emoções. No final do dia todos queremos ser amados.
Por isso alerto que devemos entender a realidade e que a realidade é finda. O que fica são as histórias e os prazeres partilhados com os que amamos
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