Platão afirmou a certo ponto que filosofia não era e nem tinha que ser para qualquer um. Tendo isto como verdade, eu posso nunca escrever nada, posso nunca vir se quer a ser pensado após óbito. Eu posso nunca ser mencionado em rodas ou circuitos sociais sobre filosofia. Mas eu sinto no meu âmago que eu nasci filósofo.
Como sendo aquele que ama profundamente o conhecimento. Eu tenho uma relação com o conhecimento e com a indagação de todas as coisas, tanto as físicas como as metafísicas, de uma forma tão grande e única. Eu sinto que tenho uma parte do meu ser se dividida de mim, essa outra parte encontro-a quando adquiro conhecimento. Claramente eu não nasci apenas para criar, não tanto quanto nasci para absorver conhecimento, sabedoria e informação. Quando faço isso, sinto que estou a exercer a minha eudaimonía. Sinto que encontro o meu lugar no cosmos pois tudo fica em equilíbrio e eu sinto as minhas forças energizadas assim como um esfomeado que se alimenta de saborosas e fartas delícias gastronómicas ou uma bateria que alcança os 100%.
Sem dúvida e sem soberba alguma, eu digo que nasci filósofo.
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